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Bate-papo sobre o projeto Restaurando a Mente

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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O cristão e o sofrimento – Vincent Cheung


Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.      
(Tiago 1:2-4)[1]
Conforme Paulo escreveu em sua epístola aos Filipenses, ele considerou a expectativa de morte e disse “porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21).Se alguém pensa desse modo depende de quem ele é e do que ele valoriza. Ele era um cristão, de modo que para ele viver era servir a Cristo, e morrer era estar com Cristo. Embora ele estivesse ardente para servir a Cristo pela pregação do Evangelho e fortalecimento da Igreja, ele preferia muito mais a morte do corpo, de modo que sua alma pudesse ascender a Cristo. Ele era um cristão, desse modo ele tinha um relacionamento com Cristo. E ele valorizava a Cristo, de modo que ele valorizava a presença do Senhor acima de tudo.
Certamente esse é o modo correto de ver as coisas. Quando um cristão fracassa em pensar desse jeito, é porque a mente dele ainda não foi renovada. Ele precisa ser ensinado, não somente pelos homens, mas pelo Senhor. E ele pode ser ensinado porque a vida de Deus está nele. Mas um não cristão não pode fazer isso de qualquer modo, pelo o que ele é e o que ele valoriza. Ele é um não cristão, portanto ele não tem uma relação pacífica com Deus, e invés de considerar Cristo em alta estima, ele valoriza a indulgência da carne, e outros desejos e expectativas abomináveis.
O cristão compreende o valor do sofrimento. Agora não há valor no sofrimento em si. Algumas pessoas sofrem e se tornam cruéis. Algumas pessoas sofrem e blasfemam contra Deus. Sofrimento é construtivo somente quando é o tratamento de uma pessoa por Deus de uma maneira amorosa, para o propósito de treinamento e disciplina. Em outras palavras, sofrimento em si é sem significado, e é destrutivo aos réprobos. De outro modo, sofrimento fornece a ocasião para cristãos reconsiderarem seus caminhos, para fortalecer sua fé, para reacender sua compaixão, para renovar sua determinação para superar suas distrações e tentações, e expressar sua dependência de Deus pelo louvor e persistentes petições. Ele fornece ocasião para eles reavaliarem seus hábitos e suas prioridades, e abandonar todo peso que os embaraça.
Tiago escreve que deveríamos nos regozijar quando nós encontramos diferentes tipos de dificuldade, porque o teste de nossa fé desenvolve perseverança, que por sua vez é capaz de levar-nos a ser maduros e íntegros. Isso só pode se aplicar a cristãos, porque somente cristãos tem fé a ser testada em primeiro lugar. E somente cristãos irão desenvolver perseverança e outros frutos do Espírito quando sua fé é testada. Os estudantes de Cristo podem se regozijar quando encontram dificuldades porque eles querem desenvolver perseverança, eles querem se tornar maduros e íntegros. Quem nós somos e o que nós valorizamos nos distingue, e capacita-nos a encarar dificuldades com a atitude correta e se beneficiar do sofrimento.
Jó disse a respeito de sua provação “se me puser a prova, aparecerei como ouro” (Jó 23.10). Isso é apropriado em um tempo de fome, porque ouro é o que as pessoas não têm, em primeiro lugar. Jó estava em uma pobre condição, mas ele reconhecia um tesouro maior. Que benção é ter nossa fé refinada e purificada. Que benção é ter nossa fraqueza exposta e removida. Que benção é saber onde estamos com Deus, e de que estamos com Deus. Que benção é ganhar auto compreensão, para perceber onde nos iludimos sobre a grandeza de nossa fé, se nós de fato temos nos iludido, mas também obter a garantia que há uma fundação genuína, que Deus esta de fato trabalhando em nossos corações, do mesmo modo que lutamos, nós suportamos e nos tornamos mais fortes por causa disso.
Autor: Vincent Cheung
Fonte: CHEUNG, Vincent.  Faithful in famine, p. 11-12.
Original: Aqui
Tradução: Ivan Junior



[1] NT: Todas as citações bíblicas dessa postagem são da Nova versão internacional.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Um argumento Pedobatista de Paulo – Kevin DeYong


“Romanos 4.11 E recebeu o sinal da circuncisão como selo da justiça da fé que teve quando ainda incircunciso;”
Se a circuncisão foi para Abraão um selo da justiça da fé, então nós não podemos dizer que o corte da carne foi simplesmente um marcador de identidade étnica ou um mero sinal de importância física. A circuncisão foi um selo das mais profundas realidades espirituais, um sinal visível do perdão dos pecados e justificação pela fé. Assim como o batismo seria séculos depois.
E se esse sinal espiritual – um selo da justiça que vem pela fé – foi administrado a Abraão e seus filhos pequenos, então nós não podemos dizer que a coisa significada deve sempre estar presente antes de o sinal ser administrado. Isaque foi circuncidado, e Ismael também foi – a ambos foi dado o sinal da justificação somente pela fé antes do exercício da fé. Assim como o batismo infantil.
Então quer o batismo infantil faça sentido para você ou não – e eu respeito profundamente meus amigos não pedobatistas em minha igreja e na igreja em geral – não poderíamos nós ao menos concordar que a importância espiritual básica da circuncisão e do batismo é a mesma, e que há precedência bíblica para administrar um sinal espiritual sem a presença imediata da coisa significada?
Faz sentido para mim.
Autor: Kevin DeYong
Original: Aqui
Tradução: Ivan Junior

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Uma só carne - Jay Adams


Os liberais possuem um jeito de renomear às coisas para torná-las aceitáveis.  Quando o ex-Presidente Clinton cometeu adultério ele chamou isso de um “engano”. É claro, foi pecado. Todos sabem que as palavras “escolha” e “feto” têm sido usadas para justificar assassinato. Recentemente, influentes autores politicamente corretos cunharam a frase “casamento de pessoas do mesmo sexo”. No entanto, de uma perspectiva bíblica, um nome adequado para essa atividade seria “homossexualidade legalizada.”.
Independentemente da tentativa de parceiros do mesmo sexo de justificar o “casamento” ao declararem em uma cerimônia que eles serão fieis um ao outro, Deus não irá perdoar ou aceitar os atos deles – mesmo se o estado eventualmente o faça. De fato, fazer votos para permanecer em tal relacionamento pecaminoso somente agrava a situação. Além disso, a igreja do Senhor Jesus Cristo nunca deve participar nem promover a legalização da homossexualidade. “Ministros” que o fazem seja por boa-vontade ou por coerção (caso venha chegar a isso) desse modo desqualificam a si mesmos como servos de Jesus Cristo. Em contraste, é nosso dever e alegria afirmar a visão bíblica do casamento – a união de uma mulher e um homem. Na Bíblia, vários fatos são claros: Foi o próprio Deus que uniu um homem e uma mulher em casamento (Gen. 2:22). Casamento, portanto, é uma instituição divina , não humana (Mat. 19:6). Consequentemente, Deus, não o homem, tem o direito de definir os termos da instituição.
E, como em outros artigos nessa edição do Tabletalk[1] vão deixar claro, homossexualidade e lesbianismo não são “naturais” (Rom. 1:6, 27). Quando Paulo usa a palavra phusis, para simbolizar aquilo que é contrario a “natureza”, ele fala de um ato que é contrário a criação – contrário ao modo do qual Deus designou os seres humanos para funcionarem sexualmente.
Não é como se os cristãos rebaixassem ou se opusessem a atividade sexual. Muito pelo contrário. Quando, dentro dos laços do casamento piedoso, o casal se compromete propriamente nas atividades sexuais, o leito conjugal é “despoluído”. De fato, para dissipar falsas, noções assépticas, o escritor dessas palavras urge todos os cristãos que “o casamento deve ser honrado” (Hebreus 13.4 NVI[2]). A visão distorcida que algumas pessoas têm do ensinamento cristão sobre sexualidade levaria você a acreditar que nós pensamos que o diabo, não Deus, foi à fonte dele. Muito pelo contrário, Deus requer a máxima expressão da atividade sexual amorosa, uma expressão que pode ser devidamente iniciada pelo marido ou pela esposa (1 Cor. 7:4-5). E é nessa mesma passagem que Paulo adverte que a falha em satisfazer os desejos sexuais do cônjuge leva a tentação por Satanás. Claramente, então, o casamento piedoso deve ser encorajado em todos os sentidos.
O casamento tem muitos propósitos, um deles é a procriação. Que é um assunto em si. Mas, nesse estudo, de maior importância é o fato que o casamento é para ser uma “realização” em si mesmo – algo que não é possível em um relacionamento homossexual. Na providência de uma parceira de casamento para Adão, Deus disse “far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.” (Gen. 2:18). A palavra hebraica traduzida como “idônea” na versão Revista e Atualizada significa literalmente, “que se aproxima a outra coisa.” Se você corta uma laranja[3] perfeitamente em duas, as metades vão se ajustar exatamente quando localizadas em adequada justaposição uma a outra. Mas se você dividir com um corte irregular nenhuma das duas peças irá encaixar com qualquer uma das metades do fruto anteriormente seccionado. São somente aquelas metades que se aproximam exatamente uma da outra que fazem um inteiro adequado. É o conceito de inteireza compartilhada que é inerente na passagem de Gênesis.
Homens e mulheres foram projetados para se tornarem “uma só carne” (Gen. 2:24). Mas não pode haver unidade a parte de um parceiro ou parceira que se tornam acessível um do outro em cada ponto. Essa “unidade” não é para ser pensada como meramente uma união sexual (embora ela certamente inclua isso). Preferencialmente, no pensamento hebreu, o termo “carne” refere-se não somente ao corpo físico, mas também a pessoa inteira. Quando Moisés descreveu a destruição da raça humana inteira (Exceto Noé e sua família), ele descreveu essa catástrofe como “o fim de toda carne”(Gen 6.13 ACF[4]). Certamente, ele se referia a mais que corpos quando usou essa frase. Antes, de um modo similar ao nosso uso da palavra “everybody”[5](Pela qual usamos nos referindo a mais do que carne e ossos), quando ele usa a palavra hebraica “carne” ele quis dizer “pessoa”.  Tornar-se “uma carne,” então, é tornar-se “uma pessoa”. Homens e mulheres cônjuges não somente se ajustam perfeitamente sexualmente, mas a masculinidade e feminilidade “preenche” ou “completa” um ao outro em cada detalhe. Os dois constituem um “inteiro”. Em um casamento adequado, o homem tem a oportunidade de ver o mundo por meio dos olhos femininos de suas esposas, e as mulheres pelos olhos masculinos dos maridos delas. Minha esposa trouxe cortinas de rendas em minha vida, eu trouxe botas sujas de lama na dela (algumas vezes sujando suas cortinas!). Relacionamento entre pessoas do mesmo sexo carece inteiramente de tal visão expandida do mundo.
O que dizer dos solteiros? Ele ou ela devem ter carência dos benefícios dessa perspectiva dos casados para sempre? Talvez, mas Deus compensa isso. Quando Jesus falou da indissolubilidade do casamento, exceto por adultério e deserção, os discípulos (que sem duvida conheciam os ensinamentos do Rabino Hillel de que quase qualquer coisa desagradável poderia constituir base para o divórcio) disse, “Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar.” (Mateus 19.10). Agora, claro, eles casaram de qualquer modo (1 Cor 9.5). Mas, em resposta a resposta precipitada deles, Jesus explicou que nem todo mundo tem a capacidade de viver a vida de solteiros, a qual Ele declarou é somente “aqueles a quem é dado” (Mat 19.11). Claramente, para compensar o fato que “Não é bom que o homem esteja só” (Gên 2.18[6]), Deus concede dons a tais pessoas para “capacitá-las” para um serviço especial,  ministerial completo, no qual Ele espera então que elas o executem. (veja Gen 3.12b; 1 Cor 7.7).
Casamento, desempenhado de um modo escritural, fornece grandes benefícios. É somente necessário ler Efésios 5:21-33 para entender como, em refletir o relacionamento de Cristo e Sua igreja, casamento pode fornecer uma das maiores alegrias possíveis. No que é amor, carinho, relacionamento íntimo, sexo sem restrições e assim por diante. Quanto Deus quer explicar a plenitude da futura glória que nós teremos em união com Cristo, Ele escreve “Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou, pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos. Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro.” (Apocalipse 19.7-9)
Para descrever o perfeito, glorioso evento, perceba que Deus usa a metáfora do casamento. A partir disso, nós deveríamos aprender não somente que o casamento é bom e santo, mas que Deus pretende que ele seja uma benção maravilhosa a humanidade. Quão trágico é corromper e manchar seus atributos ao usar a palavra casamento para descrever homossexualidade legalizada! Pela misericórdia, apesar de a homossexualidade ser um modo de vida pecaminoso, e não um problema genético, Paulo torna claro que é possível para um homossexual ser “lavado” de sua contaminação por meio da graça salvadora de Jesus Cristo. Porém, não são somente os incrédulos que são capturados nesse pecado que Deus irá repreender severamente, mas também aqueles Cristãos que falham em exibir e aproveitar tudo que o casamento pode ser. Uma coisa é condenar a homossexualidade; outra  é viver uma vida conjugal que por si só o condena por contraste. E é então, nosso privilégio não somente estabelecer os prazeres dessa maravilhosa instituição ordenada por Deus, mas pelo modo nos quais nós honramos o casamento nós expomos a glória de Deus.
Aqueles que lerão essas palavras são principalmente crentes em Cristo. Se, acidentalmente, alguém que não é parte do Povo d’Ele estiver lendo, deixe me exortá-lo para que entre no  maior relacionamento possível tanto agora como pela eternidade ao tornar-se parte da noiva de Cristo. Essa noiva é Sua igreja, há qual um dia será “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.”(Efésios 5.27). Que transcende até mesmo o sexo (Mateus 22.30).
Autor: Jay Adams é um professor, autor e orador aposentado, que reside em Enoree, Carolina do Sul, EUA.
Tradução: Ivan Junior
Revisão: João Vitorino Franco Filho
Original: Aqui 


[1] Revista formada em 1977 como ferramenta de estudo para os cristãos.
[2] Nesse caso citado o versículo da Nova Versão Internacional, nos outros casos onde não há especificação, foi utilizada a versão Revista e Almeida Atualizada.
[3] No original a fruta citada foi a toranja, uma fruta obtida do cruzamento da laranja com o pomelo, no caso fizemos uma modificação já que essa fruta é pouco conhecida no Brasil.
[4] Utilizada a Versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel.
[5] Palavra que significa todos, ou todo mundo.
[6] Nesse caso o autor colocou Gn 3.18 mas ele se enganou e fizemos a correção no momento de traduzir.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Criado em Cristo Jesus para as boas obras - Andrew Murray



Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.  Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.’ (Efésios 2:8-10)
Nós fomos salvos não de obras, mas para boas obras. Quão grande a diferença. Quão essencial a compreensão dessa diferença a saúde da vida cristã. Não de obras que nós tenhamos feito, como a fonte de onde nossa salvação vem, nós fomos salvos. E ainda para boas obras, como o fruto e efeito da salvação. Como parte do trabalho de Deus em nós, a única coisa para qual nós fomos criados novamente. Tão inútil são nossas obras em procurar Salvação, tão infinita é o valor do trabalho que Deus criou e preparou para nós. Vamos procurar manter essas duas verdades na plenitude dos seus significados espirituais. Quanto mais profunda nossa convicção que nós fomos salvos, não de obras, mas pela graça, mais forte a prova que nós fomos realmente salvos para as boas obras.
 ‘Não de obras, pois somos feituras dele’ Se as obras não podem nos salvar, não havia necessidade delas para nossa redenção. Porque nossas obras são todas vãs e pecaminosas, Deus encarregou-se de nos fazer de novo, nós somos agora feitura dele, e todas as boas obras que fazemos são feitura dele também. ‘feituras dele, criados em Cristo Jesus’. Tão completa foi a ruína do pecado, que Deus teve que fazer o trabalho da criação novamente em Cristo Jesus. Nele, e especialmente em Sua ressureição dos mortos, Ele criou-nos novamente, segundo Sua própria imagem, na semelhança da vida que Cristo viveu. No poder da vida e da ressureição, nós somos aptos, somos perfeitamente equipados, para fazer boas obras. Como o olho, porque ele foi criado para a luz, é mais perfeitamente adaptado para esse trabalho. Como o ramo de videiras, como ele foi criado para carregar cachos de uvas, faz esse trabalho tão naturalmente, nós que fomos criados em Cristo Jesus para boas obras, podemos descansar seguros que a capacidade Divina para boas obras é a lei própria do nosso ser. Se nós conhecemos e cremos nesse nosso destino, se nós somente vivermos nossa vida em Cristo Jesus, como nós fomos novamente criados n’Ele, nós podemos, nós seremos frutíferos em toda boa obra.
Criado para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas’ Nós fomos preparados para as obras, e as obras preparadas para nós. Para entender isso, pense como Deus pré-ordenou Seus antigos servos, Moisés e Josué, Samuel e Davi, Pedro e Paulo, para o trabalho que ele tinha para eles, e igualmente pré-ordenou o trabalho para eles. O mais fraco membro do corpo, é igualmente cuidado como o mais honrado, o Pai preparou o trabalho do mais humilde de Seus filhos, tanto como para aqueles que são contados como chefes. Para cada filho Deus tem um plano de vida, com o trabalho distribuído exatamente de acordo com a capacidade, e graça fornecida exatamente de acordo com o trabalho.  E assim tão forte e claro como o ensino, salvação não de obras, e sua abençoada contrapartida, salvação para boas obras, porque Deus nos criou para elas, e mesmo as preparou para nós.
E então a escritura confirma a lição dupla que esse pequeno livro deseja lhe trazer. Uma, que as boas obras são o objetivo na nova vida que Ele te deu, e devem, portanto, ser distintivamente seu objetivo. Como cada ser humano foi criado para trabalhar, e dotado com as capacidades necessárias, e só pode viver de modo saudável e verdadeiro pelo trabalho, assim cada crente existe para fazer boas obras, que nelas sua vida pode ser aperfeiçoada, seus próximos podem ser abençoados, seu Pai no céu ser glorificado. Nós educamos todos os nossos filhos com o pensamento de que eles devem ter seus trabalhos no mundo: Quando a igreja irá aprender que é seu grande trabalho treinar cada crente fazer sua parte no grande trabalho de Deus, e abundar nas boas obras para as quais ele foi criado? Vamos cada um de nós procurarmos compreender a profunda verdade espiritual da mensagem ‘Criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou’ para cada um, e as quais estão esperando cada um assumir e cumprir.
A outra lição – que esperar em Deus é uma grande coisa necessária da nossa parte se nós fizéssemos as boas obras as quais Deus preparou para nós. Vamos assumir em nossos corações essas palavras em seu significado divino: ‘Somos feitura dele’ Não por um ato no passado, mas em uma operação contínua. Nós somos criados para boas obras, como grande meio de glorificar Deus. As boas obras são preparadas para cada um de nós, para que nós possamos andar nelas. Render-se e dependência ao trabalho de Deus é nossa única necessidade. Vamos considerar como nossa nova criação para boas obras é totalmente em Cristo Jesus, e permanente n’Ele, crendo n’Ele, e olhando para a Força d’Ele somente, tornar-se o hábito de nossa alma. Criado para boas obras! Revelará a nós imediatamente o mandato Divino e a capacidade suficiente para viver uma vida de boas obras.
Vamos orar para que o Espírito Santo trabalhe a Palavra no mais fundo de nossa consciência: Criado em Cristo Jesus para boas obras! Nessa luz nós aprenderemos que um glorioso destino, que uma obrigação infinita, que uma capacidade perfeita é nossa.
1. Nossa criação em Adão foi para boas obras. Resultou no fracasso total. Nossa nova criação em Cristo é para boas obras também. Mas com essa diferença: provisão perfeita foi feita para assegurá-las.
2. Criados por Deus para boas obras; criados por Deus em Cristo Jesus; as boas obras preparadas por Deus para nós – vamos orar para que o Espírito Santo nos mostre e conceda o que tudo isso significa.
3. Deixe a vida em comunhão com Deus ser verdadeira, a capacidade para o trabalho será certa. Como a vida é assim o trabalho.
MURRAY, A. Working for God! Grand Rapids, MI. Christian Classics Ethereal Library. P.20-21
Original: Aqui
Autor: Andrew Murray
Tradução: Ivan Junior

O que é verdade - por Morton Smith



Na presente era, de certo relaxo e afastamento da fé cristã ortodoxa, uma das maiores necessidades é o retorno à integridade doutrinária. Em particular, os homens que estão atrás de um púlpito sagrado devem ser homens que ensinam a verdade e nada além da verdade da Palavra de Deus. Uma das necessidades mais urgentes do mundo das trevas, que é tão cheio de falsidade, é a declaração clara da verdade da Palavra de Deus.
A tentação de Satanás sobre Eva foi na área de integridade doutrinária. Ele ousou acusar Deus de falta de integridade. Com a queda do homem, a tentação contínua do mundo, da carne, e do Diabo é  ser menos que verdadeiro em nossa vida diária. Como Jesus disse, Ele é a verdade e a vida, e assim, o Evangelho envolve uma declaração de verdade em um mundo cheio de mentiras. Todo cristão ao testemunhar de Cristo deve declarar a verdade completa do Evangelho.
Todo verdadeiro conhecimento a ser descoberto no universo foi ali colocado por Deus, o Criador. Deus é verdade. Afinal de contas, toda verdade reside nele. Desta maneira, Ele é a fonte de toda verdade que encontramos no mundo criado por Ele. Portanto, quando Ele disse as palavras do pacto de obras de Adão, proibindo-o de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, ele estava declarando a verdade à Adão. Ao tentar Eva, Satanás abertamente declara que isso era mentira. Jesus, quando discursava a judeus descrentes, disse que Satanás era o pai da mentira: “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele.” (João 8:44). A descrença deles era baseada no fato de que seus corações eram pecaminosos e não regenerados. Em outro momento Jesus fala de si mesmo como “o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (João 14:6). Ele estava afirmando que desde que Satanás introduziu falsidade, ou a falta de integridade no mundo, a qual Adão abraçou em sua queda, uma das necessidades básicas do mundo é a reintrodução da verdade nele. Ele garantiu ser isso o que Ele estava fazendo no mundo, e que o único caminho de salvação é achegar-se a Ele, que é a própria verdade. Jesus testemunhou isso a Pilatos: “Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.” (João 18:37). Pilatos cinicamente responde: “Que é a verdade?” Nos mostrando assim sua natureza não regenerada.
No mesmo evangelho Jesus confia o ministério, o qual Ele havia recebido do Pai, a seus discípulos. “Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.” (João 17:17-19). Aqui Jesus está orando para que Deus mantenha seus discípulos “na verdade” para que possam proclamar a verdade de Seu Evangelho neste mundo de falsidade e escuridão.
A grande delegação de Jesus para a igreja (Mateus 28) define a missão da igreja em dois passos. Primeiro ela deve evangelizar o perdido e desse modo reunir o eleito na igreja. Segundo, deve ensinar àqueles que estão na igreja todas as revelações contidas nas Escrituras. Qualquer outra coisa que a igreja venha a fazer deve ser subordinada a esta delegação. Tanto evangelismo quanto o ensino dos membros levam a igreja a manter integridade doutrinária. Qualquer falha em fazer isso é desobediência ao comando de Cristo para a igreja.
Sendo esse o caso, é obvio que Deus colocou sobre ministros da Palavra a absoluta necessidade de serem fiéis e verdadeiros com a Palavra na pregação e no ensino. É este penoso trabalho que descansa sobre cada homem que deveria pregar o Evangelho para vir a ser verdadeiro interprete da Palavra. Uma vez que a Palavra foi entregue em hebraico e grego, os homens devem estar suficientemente aptos para lidar com estas línguas, a fim de entender devidamente o texto que desejam ministrar às suas congregações. Em outras palavras, a necessidade de integridade no ministrar da Palavra demanda comprometimento por parte do pregador com o estudo da palavra em sua forma original.
Parte da real interpretação da Bíblia envolve a compreensão de como textos específicos encaixam-se em um sistema completo de verdades expressos nas Escrituras. Indo além, o ministro da Palavra deve estar ciente de todo o sistema teológico apresentado. O estudo da historia da igreja revela que a igreja medieval perdeu muito da verdade do Evangelho, conforme ela substituiu o ensino da palavra de Deus pelas tradições dos homens.
A Reforma trouxe um comprometimento renovado ao princípio da “Sola Scriptura”. O resultado foi uma redescoberta do Evangelho pela igreja, à medida que ela buscava ser reformada pela Palavra de Deus. Um dos benefícios da Reforma foi a destilação dos dogmas da igreja em vários credos e confissões. Havia cerca de trinta e poucas confissões produzidas, e um dos pontos mais extraordinários é ver a unidade básica dessas confissões.
Em favor da preservação da integridade do pastoreio nestas igrejas, ministros eram e ainda são requeridos a submeter-se à confissão das igrejas que servem. A forma de subscrição historicamente exigida nas igrejas presbiterianas, e ainda exigida em tais denominações como a Presbyterian Church of America e Ortodox Presbyterian Church[1] é: “Recebeis e adotais a Confissão de Fé e os Catecismos desta Igreja, como fiel exposição do sistema de doutrina ensinado nas Santas Escrituras?” Em outras palavras, o ordenado está afirmando que a Confissão e o Catecismo de Westminster declaram o que ele acredita que a Bíblia ensina. Está incumbido àqueles que fazem tal voto de compromisso ser fiel em suas pregações e ensinamentos a fim de proclamar as advertências de Cristo em sua totalidade, de acordo com as Escrituras, e como compreendido nos pilares da igreja. Falhas nesses feitos são quebra na integridade doutrinária, integridade que o Senhor espera de seus servos.
Constantemente em nossos esforços de evangelismo, a tendência é que pressionemos por um retorno emocional, sem que adequadamente entreguemos as grandes doutrinas da fé cristã ao indivíduo. Precisamos entender que uma resposta apropriada do coração, ou consciência, só pode ser formada após a verdade do Evangelho ser entregue ao pecador. Somente quando a verdade do Evangelho é compreendida que pode existir uma resposta genuinamente bíblica. Sendo assim, temos a necessidade de integridade doutrinária em todos os cristãos, os quais devem ser testemunhas do Evangelho ao mundo que nos cerca.
Autor: Morton Smith
Original: Aqui
Tradução: Leoric Fernandes (Playboy)
Revisão: Ivan Carlos Parecy Junior




[1] Duas denominações presbiterianas conservadoras dos EUA.

Firmes - Jay Adams


Eu suponho que seja uma falha. Tenho certeza que minha esposa que se lembra de cada nome, lugar, e data dos últimos cinco anos. Acho que lembra. Mas, por alguma razão, eu acho difícil lembrar detalhes do passado. Se eu disser à mim mesmo, num momento: "Lembre isto" ,eu provavelmente lembrarei. Caso contrário, somente os grandes fatos permanecem na minha peneira mental. Eu estou dizendo isto porque eu quero que você entenda que esse fenômeno não é resultado da idade avançada - Eu sempre fui assim. Porém, eu também sempre olhei para o futuro. E isso é exatamente o que eu quero fazer aqui.
Como um velhote de 79 anos, eu quero fazer uma previsão sobre o que você encontrará no futuro e como lidar com isso. Estou pensando, principalmente em você, a nova geração, que está agora a tomar o leme da igreja em mares tempestuosos. Não me vejo como um profeta, mas existem coisas que são inevitáveis - aparte de uma grande intervenção divina, do curso que o mundo está agora seguindo.
Para começar, se você não fala, você seria sábio em aprender espanhol[1]. De importância maior, você deveria familiarizar-se com os princípios do Islã. O primeiro, porque você provavelmente precisará. O segundo porque se Deus não intervir você estará lutando numa guerra contra Muçulmanos. Nenhum Cristão deveria viver, de modo a evitar esses assuntos. Mas eu não quero discuti-los diretamente.
Minha preocupação é com o abrandamento da igreja. Pra você fazer um impacto futuro por Cristo, e ser capaz de suportar tempos difíceis futuramente, essa tendência deverá ser revertida. Há um abrandamento deplorável de doutrina, de atitudes, de coragem e do linguajar. E isso tudo é justificável pela rubrica do "amor". Mas há uma vasta diferença entre amar e um espírito concessivo. Vamos examinar cada um.
Há um abrandamento na doutrina. Não é somente óbvia a falha em aceitar e ensinar as verdades fundamentais da reforma, mas há também uma excitação por parte daqueles que acreditam, em expô-las abertamente. Cristãos subestimam as gloriosas doutrinas da graça. Ao invés de se regozijarem na doutrina da expiação limitada[2] - a qual significa que Jesus Cristo é um salvador pessoal - eles conversam somente sobre os outros quatro pontos do TULIP[3]. É como se eles fossem comer duas fatias de pão, eles comem o tomate cuidadosamente numa fatia, e a alface na outra, masrejeitam o hambúrguer entre os dois. Essa doutrina é a carne da Tulip-Burguer. Para encarar o futuro, é necessário haver um retorno decisivo à explícita e fundamental exposição das "duras" doutrinas da fé.
Há um abrandamento de atitudes. Em grande parte, isso explica a suavidade no ensino. Ao invés de regozijarem-se no grande e eterno plano de Deus da redenção diante dos amigos arminianos, eles titubeiam e gaguejam, procurando manter um bom relacionamento acima de tudo. Supondo que suas consciências não estejam cauterizadas, eles trazem um senso de culpa, por saberem que deveriam defender a verdade contra este ensino fraco e antibíblico que exalta o homem e diminui o poder de Deus. No entanto, para manterem a "paz", eles se mantêm calados.
Há um abrandamento da coragem. Obviamente, isso está por trás da atitude temerosa que conduz os crentes reformados a suprimirem sua fé. Ao longo do livro de Atos percebemos que uma palavra aparece repetidas vezes - Os apóstolos falaram "Corajosamente". Há duas palavras para coragem no Novo Testamento. Em Atos é "Parresia", que significa "falar sem rodeio, sem medo das consequências." A coragem de agir dessa maneira, poderia também ser responsável por grande parte da inefetividade do testemunho da igreja em nossos dias.
Há um abrandamento no linguajar. Um modo de falar covarde que produz fraqueza, uma linguagem insípida, por exemplo, "Eu sinto", ao invés de dizer: "Eu creio" ou "Declaro". Eles fazem uma conversa mole sobre "compartilhar" o Evangelho - Como quando alguém está relutante em doar a totalidade de alguma coisa. ( Se eu "compartilhar" minha torta, você pega só um pedaço).
Se esse abrandamento da igreja continuar, haverão mais grupos que se preocupam menos com a verdade e mais com a comunhão. Mas uma igreja que coloca a camaradagem acima da verdade é uma igreja fraca, que será incapaz de enfrentar os desafios à frente.
É tarde demais para nossa geração corrigir essas questões. Alguns de nós tentaram, mas falharam. Devemos confessar que estamos deixando uma igreja que a menos que Deus intervenha graciosamente, não poderá enfrentar os enormes desafios que essa próxima geração deverá enfrentar. Talvez Deus usará você para ajudar a fazer as mudanças necessárias, antes que seja tarde demais. Olhe ao seu redor. Pergunte a si mesmo: "Será que a igreja no seu estado atual conseguiria suportar uma perseguição terrorista? Poderia suportar uma onda de catolicismo romano que pode no tempo, - na geração de vocês - tomar conta do país? Em sua confusão, fraqueza, ela seria uma presa fácil para esses ou outros acontecimentos. Não leve em conta apenas por que eu disse - vá em frente, abra seus olhos espirituais. O que você vê?
Você contribuirá para uma suavização maior ou você permanecerá firme e valente pela verdade?  Não estou sugerindo crueldade ou grosseria, mas estou defendendo mudanças drásticas para firmar as quatro áreas mencionadas acima. Participe da solução ao invés de perpetuar o problema!
Autor: Jay Adams
Original: Aqui
Tradução: Rafael Costa Ferreira
Revisão: Ivan Junior




[1] O autor é americano, por isso a recomendação do espanhol e não do inglês.


sexta-feira, 10 de agosto de 2012

João 1:1a


No princípio era o Verbo...”
João começa o seu Evangelho, do mesmo modo que a Bíblia começa em Gênesis 1:1. Há muita discussão em qual seria a tradução mais adequada da palavra grega Logos, nas versões mais usadas em português ela foi traduzida como Verbo, na NVI foi traduzida como Palavra. Considerando muitas outras coisas na Bíblia como um todo e em especial no Evangelho segundo João, a tradução Palavra é bem adequada. Nossa palavra de certo modo é sempre um modo de revelação, afinal a boca fala do que está cheio o coração (ver Mateus 12:34). A Revelação é o único modo de conhecermos a Deus, não poderíamos conhecê-lo se Ele não se revelasse a nós. Só podemos conhecer qualquer coisa porque Deus se revelou a nós. Com tudo isso em mente podemos compreender que Cristo é a mais perfeita Revelação de Deus. “Havendo Deus, outrora falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais pelos profetas, nestes últimos dias, nos Falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo” (Hebreus 1:1-2). Por isso Cristo fala desse modo com Filipe “Replicou-lhe Filipe: Senhor mostra nos o Pai e isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (João 14:8-9).

Autor: Ivan Junior